A grande maioria dos bens e investimentos adquiridos pelas empresas tem que enfrentar um grande problema: as desvalorizações causadas por depreciação, amortização ou exaustão.
Apenas algumas exceções de itens que podem ser adquiridos por empresas não sofrem com uma diminuição do valor com o passar do tempo, como terrenos e obras de arte, por exemplo.
Embora em muitas ocasiões estas perdas causadas por depreciação, amortização e exaustão não possam ser evitadas, devem sempre ser calculadas antes de realizar o investimento, de forma que estes números da desvalorização não causem nenhum tipo de surpresa no orçamento futuro, evitando, também, o risco de prejuízos.
No entanto, para calcular corretamente quais serão os efeitos destes itens sobre os bens adquiridos pela empresa, devem ser conhecidos quais os efeitos que produzem esta desvalorização com o passar do tempo, além de quais os itens estão suscetíveis a cada um destes efeitos.
Depreciação
A depreciação é a desvalorização de bens causada pelo desgaste ou a perda de sua utilidade para o uso ao qual foi designado.
Assim, algo que esteja há muito tempo em uso ou que tenha perdido sua utilidade, seja por danos naturais ou devido a estar obsoleto para sua finalidade, perderá valor por depreciação.
A depreciação passa a existir a partir do momento em que os recursos são colocados em uso, tendo como valor máximo de depreciação o mesmo valor deste bem.
Entre os itens mais suscetíveis à depreciação estão: veículos, computadores, móveis, máquinas e equipamentos.
Para fins contábeis, a depreciação aponta o valor do ativo que foi utilizado. Já para fins tributários, as companhias podem deduzir o valor dos ativos tangíveis que compram como despesas de negócio. Contudo, as corporações devem depreciar estes ativos de acordo com as regras da Receita Federal sobre como e quando a dedução pode ser adotada baseada no que é o ativo e tempo de duração.
Métodos Existentes:
- Método linear (chamado, também, de cotas constantes);
- Método da soma dos dígitos;
- Método das unidades produzidas.
Uma forma de diminuir a depreciação e evitar a perda está em uma manutenção constante destes bens, que ao serem devidamente cuidados manterão sua utilidade e também algum valor mesmo após a depreciação, diminuindo as perdas geradas para a empresa.
Amortização
A amortização, diferentemente da depreciação, está ligada aos bens intangíveis, ou seja, aqueles produtos e serviços contratados com uma determinada duração e que perdem seu valor após o período legal ou após sua vida útil.
A diminuição do valor destes bens deve ser considerada periodicamente, de forma que a perda de valor de determinado bem intangível seja distribuída ao longo de sua vida útil, fazendo com que o investimento seja recompensado pelo tempo de utilização do mesmo.
Entre os itens que sofrem a diminuição de seu valor por amortização estão marcas e patentes, softwares, direitos autorais, entre outros itens destes segmentos.
Exaustão
A exaustão, diferentemente dos itens anteriores, não se refere a bens materiais ou intangíveis, mas recursos naturais que, conforme são explorados por uma empresa, têm seu valor diminuído pela exploração dos recursos minerais ou florestais.
Desta forma, os recursos explorados devem ser contabilizados no investimento de forma que este investimento seja recompensado durante a exploração com os benefícios retirados da natureza.
Entre os bens que sofrem com a exaustão estão florestas, jazidas de metais ou rochas, canaviais e reservas de petróleo, entre outros locais que podem ser explorados de onde se retirem benefícios naturais.
Para floresta natural, a quota de exaustão será definida mediante relação percentual entre os recursos florestais extraídos no período e o volume destes recursos existentes no começo do exato período.